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Setúbal testa capacidade de resposta da protecção civil a acidente industrial grave

A capacidade de resposta do dispositivo de protecção civil a um acidente industrial grave foi testada ao limite esta sexta-feira, 16 de Novembro, no Mitrex 2018, exercício da Câmara Municipal de Setúbal realizado na Península Industrial da Mitrena.

Um descarrilamento ferroviário, seguido de derrame e dispersão de uma nuvem tóxica, concretamente amoníaco, foi o cenário simulado neste exercício com o envolvimento de cerca de seis mil pessoas que testou a capacidade inter-operacional de resposta a uma situação de emergência.

A ocorrência, de elevado grau de complexidade, e com situações de crise injectadas durante o simulacro inspiradas no recente furacão “Leslie”, exigiu diferentes momentos de intervenção nas operações de protecção e socorro, sobretudo em termos de gestão, afirma fonte institucional da autarquia de Setúbal.

Meia centena de bombeiros em acção

No terreno, com cerca de meia centena de bombeiros em acção, as atenções estiveram centradas no descarrilamento ferroviário, de origem desconhecida, de um vagão cisterna, seguido de derrame e dispersão de uma nuvem de vapor de amoníaco que afectou tanto a zona industrial como a área habitacional.

“Foi um teste conduzido até ao limite das capacidades, com muitos desafios”, salientou o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, sobre o Mitrex 2018, exercício enquadrado na necessidade de revisão do Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Setúbal.

Com o envolvimento de cinco mil trabalhadores

O simulacro, com o envolvimento dos cerca de cinco mil trabalhadores que laboram na península industrial da Mitrena, contou com a participação de mais de seiscentos alunos do secundário, que actuaram como figurantes em operações no terreno, em cenários de retirada para pontos seguros e também para tratamento no Hospital de S. Bernardo.

Entre inúmeras situações simuladas, de evacuações em massa a acções em focos de incêndio e estruturas colapsadas, a autarquia destaca a actuação do Grupo de Intervenção em Matérias Perigosas da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, a única em prontidão a Sul do Rio Tejo.

Esta equipa, responsável pela contenção da fuga de amoníaco no vagão cisterna, interveio mais em formato de “demonstração de capacidades”, até porque, frisou o responsável pelo comando operacional das operações em território abrangido pelo Plano Municipal de Emergência de Protecção Civil de Setúbal, está “em treino constante”.

“Houve coisas que correram menos bem”

Paulo Lamego destacou ainda a importância do exercício para a identificação de eventuais lacunas no dispositivo estabelecido. “Houve coisas que correram menos bem e, por isso, o simulacro foi um sucesso, porque nos permite melhorar e estar mais preparados para qualquer situação”.

Sobre o acidente industrial simulado, o comandante dos Sapadores acrescenta que este pode vir a ser um risco real. “Esta é uma situação que não sai de nenhum imaginário. Pode um dia vir a acontecer e temos de estar preparados e capacitados para dar a melhor resposta possível”.

Activação da Comissão Municipal de Protecção Civil

Paulo Lamego frisou ainda que o exercício teve como finalidade testar a activação da Comissão Municipal de Protecção Civil, de forma a integrar os membros do Grupo Mitrena nos processos de apoio à tomada de decisão, treinar processos conjuntos e ensaiar o empenhamento simultâneo de equipas operacionais.

Nessa matéria, destacou, o exercício proporcionou “um momento de teste e de trabalho de importância fulcral entre os vários intervenientes na comissão, sobretudo na resposta da gestão da emergência, nas quais foi necessário, entre outras, estabelecer prioridades de intervenção”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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