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Seagriculture, conferência sobre cultura de algas lança bases para nova economia

A Seagriculture – 5º International Seaweed Conference decorre pela primeira vez em Portugal. A escolha de Aveiro para este forum congresso sobre aquicultura de algas, de 27 a 28 de Setembro, no Hotal Meliá Ria, que reúne investigadores empresários e investidores, “não foi feita ao acaso, dado o enorme potencial da região para a aquicultura, a presença na Ria da primeira empresa portuguesa produtora de algas ‘em terra’ e ainda a existência da Universidade de Aveiro (UA) que desenvolve investigação e presta serviços de consultoria na área da aquicultura”, afirma fonte da UA.

Reunindo cerca de 100 pessoas, o Seagriculture – 5º International Seaweed Conference“ é “uma pequena conferência, o que é bom, porque permite uma troca mais aprofundada de ideias e experiências entre os participantes”, considera Helena Abreu, fundadora da Alga Plus, instalada na Ria (concelho de Ílhavo), a primeira empresa portuguesa produtora de algas em regime não off shore e uma das seis no mundo do seu tipo. A jovem empresa é uma das organizadoras do encontro.

Em seis sessões plenárias, o evento conta com a intervenção de um destacado número de especialistas de diversas instituições e empresas, que compartilham experiências e conhecimentos sobre a indústria das algas marinhas.

A 5ª edição da Seagriculture pretende resolver questões básicas como a da biologia e o manejo das espécies de algas marinhas; a normativa específica para as algas de consumo humano ou animal; ou a economia das algas, modelo de negócio e financiamento. Também aborda a tecnologia que se utiliza no cultivo de algas marinas.

A organizadora destaca a oportunidade que este sector representa para Portugal que beneficia de vantagens competitivas em relação à produção de algas no norte da Europa (sobretudo em off shore) por razões ecológicas: luz e qualidade da água diferentes. Portanto, condições para o desenvolvimento de espécies diferentes. Por outro lado, a possibilidade de revitalizar estruturas já existentes, como as antigas marinhas, representa também uma oportunidade. Helena Abreu calcula em cerca de 700 hectares, nestas condições e distribuídos pela Ria Formosa, Figueira da Foz e  Ria de Aveiro, que, se usados para cultivo de algas, resultariam  em cerca de 250 mil toneladas, partindo do princípio que se conseguiria uma produtividade média de 360 toneladas por hectare.

UA no GENIALG

Realce-se que investigadores da UA participam no projecto GENIALG, financiado pelo H2020, com parceiros internacionais e com coordenação da Alga Plus. O projecto procura validar ferramentas bioquímicas para a rastreabilidade das algas, na sequência do trabalho realizado num outro projecto, o RASTREMAR, direccionado para a rastreabilidade de peixes.

“Agregar valor à produção. É isso que os investigadores da UA ajudam a fazer.”, afirma Ricardo Calado, um dos coordenadores da Plataforma Tecnológica do Mar da UA, também presente no encontro. O investigador destaca a importância de Portugal diferenciar a sua produção, posicionando-se do meio para a frente da cadeia de valor. Por exemplo, direccionando a produção para pigmentos usados na indústria têxtil, para alimentos funcionais, novos medicamentos, entre outros.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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