A redução de emissões de gases com efeito de estufa conseguida nos sectores da agricultura e dos resíduos ainda está abaixo das metas definidas para 2020. As emissões daqueles gases, principais responsáveis pelas mudanças do clima, na agricultura registaram uma descida de 3% em 2013, enquanto o objectivo fixado no Plano Nacional para as Alterações Climáticas para o setor é de diminuir 8% em 2020 e 11% em 2030.
Os últimos dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) apontam para um decréscimo de emissões na área dos resíduos, incluindo as águas residuais, de 12% em 2013, 14% em 2020 e 26% em 2030. “Portugal, no domínio dos resíduos e no que respeita a emissões, é um país de referência face às tecnologias que foi instalando nos últimos anos”, disse o secretário de Estado do Ambiente.
Nesta área, a situação depende da instalação e, “quando a produção é feita a partir de tratamento mecânico ou biológico, o controlo das emissões é quase total”, salientou Carlos Martins. Já a agricultura “é um sector um pouco menos controlável e menos monitorizável porque os usos dos solos em termos agrícolas se vão alterando no tempo, a forma como a agricultura é desenvolvida também é muito mais heterogénea”, comentou o responsável pela tutela do Ambiente.No entanto, “também não me parece que esse seja um sector muito crítico desse ponto de vista, resolvida que esteja a questão da agro pecuária”, defendeu.
Todos os outros sectores não abrangidos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), que são os serviços, a área residencial e os transportes, cumpriam já em 2013 as metas de 2020.
Representantes de 195 países estiveram reunidos em Paris, na conferência COP21, e aprovaram no sábado um acordo para a redução das emissões de gases com efeito de estufa de modo a limitar o aumento da temperatura a dois graus Celsius.
Agricultura e Mar Actual