A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza diz que “é urgente acabar com a venda de marfim na Europa”. E apoia a petição do Fundo Internacional para o Bem-estar Animal para a proibição total.
Segundo a associação, a venda de marfim “ameaça dezenas de milhares de elefantes em África que continuam a ser abatidos de forma lenta e desumana, desequilibrando populações inteiras destes emblemáticos animais”. Portugal, como outros países da União Europeia (UE), “continua a comercializar marfim em mercados, leilões e online, estimulando o interesse para esta matéria-prima em mercados asiáticos e encobrindo, com o marfim antigo, a caça ilegal que se mantém todos os dias no coração de África”, acrescentam os responsáveis da Quercus.
Por isso, a Quercus associou-se ao Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (IFAW), numa campanha para acabar com a venda de marfim na Europa.
Num estudo recente conduzido pela IFAW, os cidadãos entrevistados em quinze Estados-membros mostraram-se a favor de uma proibição total de todo o marfim na UE. “Com os elefantes a serem abatidos a um ritmo alarmante, o marfim não deve continuar a ser visto como um objecto desejável” refere Sonja Van Tichelen, directora da IFAW-UE.
Proibição total
“Sentimo-nos encorajados ao ver que 90% dos entrevistados não desejam comprar produtos de marfim”, acrescenta a mesma responsável. Neste estudo, apenas 42% dos inquiridos estavam cientes de que os elefantes eram brutalmente mortos pelo marfim e 24% desconheciam que os elefantes morrerem pelas suas presas.
Para a IFAW e a Quercus, só existe uma forma de controlar esta situação: “enquanto cidadãos europeus, é urgente pedir ao Governo e à Comissão Europeia que encerrem todos os mercados de marfim da UE para interromper a mortandade de elefantes.
Fundada em 1969, a IFAW dedica-se à protecção de animais, tendo projectos em mais de 40 países. A IFAW resgata animais em perigo, trabalha na prevenção de maus tratos a animais e na protecção de espécies e habitats.
Pode assistir ao vídeo sobre o tema aqui e assinar a petição aqui.
Agricultura e Mar Actual