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Proibida a rega de tomate, pimento e batata com águas da Ribeira de Arneiro

A Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAP Centro) informa que, contaminadas por Ralstonia solanacearum, as águas superficiais da Ribeira de Arneiro, freguesia de Maiorca, Concelho da Figueira da Foz, não podem as mesmas ser utilizadas para rega de culturas de solanáceas nomeadamente, batateira, tomateiro e pimenteiro. Esta proibição manter-se-á em vigor até nova determinação.

Em Edital, a DRAP Centro explica que a bactéria Ralstonia solanacearum é “causadora da doença do mal murcho da batateira e do tomateiro provoca graves prejuízos nas culturas solanáceas” e que a decisão se deve aos resultados do Programa Nacional de Prospecção deste organismo prejudicial.

Diz ainda aquela direcção que a presença e sobrevivência da bactéria naquele curso de água tem um “grave risco” na utilização das para as culturas solanáceas.

A praga

A época de prospecção da Ralstonia solanacearum ocorre nas épocas em que as culturas estão instaladas em cada região e preferencialmente durante a segunda metade do ciclo vegetativo das mesmas.

A bactéria usa como hospedeiros plantas, incluindo tubérculos de Solanum tuberosum L. (batateira), plantas, com excepção de frutos e sementes de Lycopersicon esculentum (tomateiro) e outras plantas hospedeiras como outras solanáceas cultivadas e silvestres. Ocorre em águas superficiais destinadas a rega de culturas solanáceas e descargas de resíduos líquidos provenientes de instalações de transformação industrial ou de embalagem.

A doença pode ser encontrada nos campos das culturas em causa, nos armazéns após colheitas (batata), nos cursos de água superficial a ser utilizada como rega e em instalações industriais e de embalagem.

Sintomas

Na planta de batateira verifica-se murchidão das folhas na parte superior da planta. Na fase inicial as folhas mantêm-se verdes, posteriormente desenvolvem-se cloroses seguidas de necroses levando ao colapso da planta.

No tubérculo de batateira, quando cortados transversalmente junto ao hilo, verifica-se numa fase inicial da infecção uma coloração amarela ou castanha clara no anel vascular do qual, passados alguns minutos, emerge um exsudado bacteriano de cor creme clara. Em fases mais avançadas, a infecção progride a partir do hilo e dos olhos, nos quais pode haver exsudação bacteriana que origina adesão de partículas de terra.

No tomateiro os primeiros sintomas são o aspecto flácido das folhas mais jovens que numa fase mais avançada dão origem à murchidão de um dos lados da planta ou mesmo de toda a planta levando ao seu colapso.

Em outras plantas hospedeiras silvestres, as murchidões referidas raramente ocorrem. Mesmo em ausência de murchidões pode ocorrer a existência de exsudado se o caule cortado transversalmente for colocado verticalmente em água.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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