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Póvoa de Varzim inaugura espaço para combater abandono de resíduos agrícolas e plásticos

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim inaugurou a 27 de Julho, o Parque de Resíduos Verdes de Aguçadoura, que vai permitir aos agricultores do município dar um correcto encaminhamento aos resíduos agrícolas e plásticos.

Localizado na zona do Rio Alto, perto do campo de futebol de Aguçadoura, o Parque de Resíduos Verdes de Aguçadoura estará aberto de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 19h00. Para aconselhar as pessoas acerca da melhor forma de fazerem a descarga dos resíduos, o espaço empregará um funcionário colocado pelo Centro de Emprego, que será ainda responsável por manter o espaço sempre devidamente limpo.

A abertura oficial do espaço contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do presidente da Junta de Freguesia de Aguçadoura e Navais, Fernando Rosa e do presidente da Associação de Horticultores da Póvoa de Varzim (Horpozim), Manuel António Silva.

No local passam a estar disponíveis dois contentores de grandes dimensões, com o objectivo de receberem estas tipologias de resíduos e as encaminharem para tratamento conforme previsto na Estratégia Nacional de Gestão dos mesmos. Um contentor estará reservado para a deposição de resíduos verdes/agrícolas, enquanto o outro se destinará aos resíduos de plástico. Estes serão encaminhados para a central de compostagem da Lipor, para valorização orgânica e para reciclagem.

O presidente da Câmara Municipal congratulou-se com a abertura deste novo centro de recolha e explicou que o objectivo é “criar uma alternativa que é útil para todos, é útil para o ambiente e é útil para os nossos agricultores”.

O autarca afirmou que o parque pretende resolver as dificuldades até agora experimentadas no descarregamento dos plásticos e verdes rejeitados. “Os agricultores da zona mais hortícola eram obrigados a queimar os plásticos e abandoná-los nos caminhos por não terem um sítio onde os descarregar e isso não é bom”. Aires Pereira considera a queima e abandono destes produtos uma “chaga que todos vemos ao longo dos nossos caminhos florestais e de ligação entre a área agrícola e que causa má imagem do concelho”.

Lipor envolvida

A importância da Lipor no processo não foi esquecida pelo autarca poveiro. “Os verdes rejeitados são muito importantes para a Lipor porque servem para alimentar a nossa central de combustagem e também é forma dos resíduos não estarem abandonados a apodrecer quando nós andamos aí pelos caminhos”.

Aires Pereira afirmou que a câmara, no que concerne ao aluguer destes contentores, actuou em conjunto com esta entidade, que é responsável pela gestão, tratamento e valorização dos resíduos orgânicos. Tal ocorreu quando se verificou que a Junta de Freguesia de Aguçadoura e Navais tinha o terreno disponível. O edil confirmou que esta é também uma forma dos municípios ajudarem a Lipor a equilibrar as suas receitas. “A Câmara não recebe qualquer benefício pelo facto de entregar materiais, quer para a combustagem quer para a reciclagem. Nós entregamos material para a reciclagem e depois esse dinheiro que a Lipor obtém pela venda aos prestadores é utilizado na distribuição de equipamento pelos municípios”.

A Horpozim, pela voz do seu presidente, saudou a boa vontade da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim na criação deste espaço, que pretende que ajude a quebrar definitivamente o impacto ambiental da agricultura poveira, uma actividade que busca uma atitude cada vez “mais positiva para com a sociedade”.

Manuel António Silva mostrou-se “muito satisfeito” com a “criação deste espaço que vem colmatar uma carência” nesta área e permitir que o abandono de resíduos faça parte do passado. O presidente da associação deseja que estes “possam ser reconduzidos e reaproveitados através do processo de compostagem e de futuro sejam utilizados na fertilização dos nossos solos”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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