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PME vão ter rede mundial de instituições de garantia de crédito

As instituições de garantia de crédito para pequenas e médias empresas (PME) vão passar a dispor de uma rede global, informal e web based, para aumentar a sua capacidade de interlocução junto de governos, bancos centrais, organismos multilaterais, agências públicas e banca comercial.

Com a iniciativa, materializada na constituição da Global Network of Guarantee Institutions (GNGI), ficam reunidas as condições para a indústria mundial do sector “falar a uma só voz” e “passar a ser olhada com outros olhos” pelos dirigentes de organizações como o Banco Mundial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e o G20, onde têm assento os ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. São estas, pelo menos, as expectativas de José Fernando Figueiredo, presidente da portuguesa SPGM – Sociedade de Investimento e um dos dois coordenadores eleitos do projecto. O outro é Seoh Geun-woo, presidente do fundo coreano de garantias KODIT, que tem sob gestão muitas dezenas de milhares de milhões de dólares e é um dos maiores operadores mundiais do sector, a par de congéneres japoneses, chineses e italianos.

A criação da GNGI, aberta a operadores de todo o mundo, independentemente do modelo de organização (público, privado ou mutualista), foi decidida pelos participantes no Fórum Global de Líderes das Entidades de Garantia de Crédito para PME realizado na última sexta-feira, no Porto, por ocasião do encontro anual da associação europeia do sector.

A criação desta ‘network’ é uma ambição antiga das instituições de garantia de crédito para PME dos países que mais valorizam este tipo de instrumentos financeiros. Os seus principais mentores foram, precisamente, José Fernando Figueiredo e Seoh Geun-woo, que viram a ideia vertida numa proposta, formalmente apresentada no fórum realizado no Porto, pelo KODIT e pelas associações representativas dos operadores da Europa (AECM), da América Latina (REGAR e ALIGA) e do norte de África e península arábica.

Mais de 500 mil milhões de de dólares de garantias

A activação desta rede mundial vem abrir “novas perspetivas” às instituições de garantia de crédito para PME, que globalmente terão mais de 500 mil milhões de de dólares de garantias em carteira, nas estimativas dos mentores da proposta de criação da GNGI. “Saímos desta verdadeira cimeira mundial com mais futuro e uma energia renovada”, declarou, no final, José Fernando Figueiredo, que entre 2007 e 2015 presidiu à AECM – Associação Europeia de Garantia Mútua, cargo que desempenhou a par da liderança da SPGM, a empresa-mãe do sistema mutualista português.

“A partir de agora, é mais fácil trocarmos informação, debatermos e alinharmos estratégias e partilharmos iniciativas. Ligados em rede, teremos respostas mais consistentes às necessidades das PME no acesso ao crédito para a criação de negócios, investimento, reestruturação ou internacionalização. A indústria mundial de garantias passa a dispor de uma boa plataforma de trabalho e de um instrumento de lóbingue que pode acrescentar influência ao nosso interface com decisores políticos, organizações multilaterais, movimento associativo empresarial e grandes operadores bancários”, sublinhou o presidente da holding pública do Sistema Nacional de Garantia Mútua (SNGM), a que pertencem também as quatro sociedades de garantia mútua portuguesas, todas elas privadas: Norgarante, Lisgarante, Garval e Agrogarante.

No encontro estiveram representadas as 42 organizações filiadas na AECM (de 21 dos 28 estados-membros da UE, da Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Rússia e Turquia), operadores congéneres de vários países da Ásia, América e África e as suas associações regionais, fundos de garantia e responsáveis da OCDE, Banco Mundial, SME Finance Forum e G20.

Antes do Fórum Global de Líderes de Entidades de Garantia de Crédito para PME, realizaram-se a assembleia geral anual da AECM, na quarta-feira, e uma conferência internacional, no dia seguinte, em que esteve em debate o papel deste tipo de operadores financeiros à sucessão nas empresas familiares.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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