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Operadores marítimo-turísticos apelam à modernização da Linha do Douro

Completando-se hoje, 14 de Dezembro, 15 anos sobre a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da Humanidade, os três maiores operadores marítimo-turísticos do segmento de cruzeiros diários no rio Douro – Barcadouro, Rota Ouro do Douro e Tomaz do Douro –, que em 19 de Agosto se “viram obrigados” trocar o comboio pelo autocarro como meio complementar de transporte, “por manifesto mau serviço da CP na Linha do Douro”, entendem ser esta a altura própria para lançar um apelo público em defesa daquele corredor ferroviário “estruturante para a mobilidade das populações e o engrandecimento da marca turística Douro”.

Em comunicado, os operadores referem que, “com efeito, é tempo de a sociedade civil, o poder político de proximidade e as empresas da região juntarem esforços para que a integral electrificação da via até à Régua, pelo menos, seja colocada na agenda de prioridades dos responsáveis políticos”.

A mesma nota enviada à imprensa realça que os durienses e transmontanos “não podem continuar a esperar sem agir. Devem juntar esforços e convergir numa plataforma cívica, aberta a todos, que se bata pela modernização e sustentabilidade da Linha do Douro como uma causa essencial para o futuro do território e das pessoas – com a mesma abnegação e espírito transformador da Ferreirinha. A electrificação da Linha do Douro não pode ser uma fotocópia a baixa velocidade da construção do Túnel do Marão”.

Por outro lado, os operadores dizem que quase quatro meses depois de “termos sido obrigados a deixar de usar o comboio como meio de transporte complementar da nossa actividade principal, semanas de negociações com a CP e variados contactos com a Infraestruturas de Portugal e o poder político, é este o sentimento que nos anima”. “Apesar das palavras mais ou menos bem-intencionadas que temos ouvido e se têm escutado no espaço público, o que é facto é a electrificação do troço entre Caíde e o Marco de Canaveses está com um ano de atraso relativamente ao cronograma oficial e ainda nada se sabe quanto ao projecto a concretizar no troço entre o Marco e a Régua – que por este andar só estará concluído para lá do término do Portugal 2020, quando o Plano de investimentos em infraestruturas Ferrovia 2020, anunciado em Fevereiro passado, prevê que isso aconteça ainda em 2019”, adiantam os operadores.

Linha do Douro de volta aos carris

As administrações da Barcadouro, da Rota Ouro do Douro e da Tomaz do Douro referem ainda que o reconhecimento internacional do património paisagístico duriense e as marcas positivas que a decisão da UNESCO deixou no território e na economia regional “são fortes motivos para que hoje se volte a fazer justiça ao Douro. Importa, por isso, que as prioridades desenhadas para a ferrovia não contribuam para cavar assimetrias nem para exacerbar regionalismos sem sentido”.

“Bastará, para tanto, que o comboio da Linha do Douro volte aos carris do progresso, a servir as populações e a responder satisfatoriamente às dinâmicas económicas que a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial tornou possível”, dizem aqueles responsáveis adiantando que essa “será a melhor forma de se defenderem e valorizarem os recursos naturais, culturais e ambientais do Douro, contribuindo decisivamente para a criação de riqueza e de emprego no território, a recuperação demográfica, o incremento das respostas sociais de proximidade e a projecção internacional da marca Douro”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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