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OPA Florestal de Pombal tem 150 mil euros para comprar terrenos

O Município de Pombal apresentou ontem, 6 de Setembro, a sua Oferta Pública de Aquisição (OPA) Florestal, “um contributo para a floresta portuguesa, mas também assegurar a protecção florestal e urbana do Município de Pombal”, afirma o presidente da Câmara. A floresta representa 69,24% do território concelhio.

Diogo Mateus assegura que para a concretização desta iniciativa “serão usados apenas e exclusivamente fundos municipais”, estando previsto um investimento de 150 mil euros, frisando que este projecto “é de adesão voluntária dos proprietários com áreas mínimas de terreno de 1 hectare (10 mil metros quadrados)”.

A OPA Florestal vai agora ser apresentada de forma detalhada e progressiva nas 13 freguesias do concelho de Pombal.

O presidente da autarquia, que falava na cerimónia de apresentação da OPA, explicou a predisposição em adquirir prédios que têm utilização florestal e que possam ter interesse público. Ou seja, áreas onde se promova a biodiversidade, se combata a erosão dos solos e onde se possam criar zonas de contenção da propagação dos incêndios florestais, entre outros.

Protecção às zonas urbanas

O objectivo, segundo Diogo Mateus “é a protecção florestal e a protecção às zonas urbanas que estão cercadas de florestas – e temos muitíssimas localidades no nosso concelho onde isto é uma realidade -, mas também convém não esquecer as potencialidades da produção florestal (madeira, resina e frutos entre outros)”.

“Queremos ter espaços onde podemos fazer as plantações de carvalhos, sobreiros, freixos e outras espécies que marcam o nosso território, mas também pretendemos recuperar áreas ardidas, criar faixas de descontinuidade de combustíveis e promover boas práticas silvícolas”, explicou o autarca.

A OPA Florestal de Pombal foi elogiada pelo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, que a classificou de “muito pouco comum e inovadora”, sendo “demonstrativa de que as sensibilidades dos responsáveis autárquicos começam a dirigir-se de forma saudável e gradualmente para a totalidade do território onde exercem a sua actividade e não apenas para as zonas urbanas”.

“Se esta iniciativa não é milagrosa, os clientes que aqui estão são um bom pronuncio para o remédio”, assumiu Amândio Torres revelando que Portugal está num momento de viragem “em que a evidência dos factos demonstram que a febre de plantar sem gerir conduz à ruptura de um flanco muito permeável à reacção dos ecossistemas”.

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