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“Muitas empresas portuguesas deram o primeiro passo da internacionalização com a CAL”

O presidente da Câmara Agrícola Lusófona (CAL), Jorge Correia Santos, em entrevista à Agricultura e Mar Actual, diz que são muitas as empresas que avançam para a internacionalização nos países da Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) com o apoio da Câmara. O trunfo é o Programa de Internacionalização Agro Negócios CPLP, que apoia os empresários com 50% das despesas de participação.

Como tem a CAL ajudado os empresários agrícolas a expandir os seus negócios?
A CAL tem uma ferramenta que apoia os empresários com 50% das despesas de participação que é o Programa de Internacionalização Agro Negócios CPLP, onde a CAL tem um conjunto de missões empresariais e Feiras onde leva os empresários a conhecer a realidade destes países. Este programa trabalha em rede com os nossos parceiros locais, são as nossas delegações nesses países, que são a nossa contra parte, organizações locais, essa é a poderosa ferramenta que faz da CAL a maior plataforma do agronegócio da CPLP.

A CAL tem levado empresários do sector agroalimentar em especial da indústria de carnes transformadas, lacticínios (em especial os queijos), vinhos, azeites e equipamentos agrícolas, máquinas agrícolas, produtos veterinários e horto-frutícolas em conserva. O que a CAL possibilita é uma poderosa network em todos países da CPLP e isso é um ganho competitivo, encontros com empresários locais, visitas a empresas locais, banca, instituições de investimento estrangeiro, portos, (logística). Por outro a CAL faz todo follow-up aos empresários que participam nestas missões, apoio no âmbito de project finance, somos entidade acreditada para projectos com “vales” internacionalização e empreendedorismo.

Pode dar exemplos de casos de sucesso?
Temos a queijaria DAMAR, que teve direito a aparecer, em 2008, na revista Vanity Fair. O Queijo Amarelo da Beira Baixa recebeu, nos Estados Unidos, o prémio de Melhor Queijo do Mundo. Como consequência a sua projecção internacional teve resultados espantosos, com a exportação a aumentar significativamente. Diga-se, aliás, que os Estados Unidos são os maiores consumidores deste queijo, apresentado nas grandes cadeias gourmets locais. Temos também a GonçaloAgro, líder em equipamentos de rega e tecnologia da água, que está já presente em África. Posso também referir-lhe a Remagril, do Fundão, que está presente no mercado moçambicano, a Cachapuz e a Agroviseu.

Além de organizar as missões, que contactos fornece a CAL? Põe os empresários portugueses em contacto directo com os empresários da CPLP?

Sim, via nossa network local, neste caso, e apoio institucional. Eu costumo dizer que a CAL tem tapete vermelho quanto a estes países, porque o acolhimento e a rede é fortíssima, isso fazemos melhor que ninguém. Os empresários podem ir sozinhos, mas vão fazer o caminho das pedras. Se querem ir mais longe e com sucesso, então vêm connosco. Com decisores políticos, com outras associações empresariais, sim é lógico, como disse anteriormente, fazemos isso melhor que ninguém, temos exemplos como o da Paladin, a Cooperativa de Favaios e a Panike, que deram os primeiros passos na internacionalização com a CAL. Alguns mesmo o primeiro, hoje veja onde estão.

Tem em curso a organização de duas missões empresariais, uma à Guiné-Bissau e outra a São Tomé e Príncipe. Quais as grandes oportunidades na Guiné Bissau?
Produção e transformação de arroz, produção de horto-frutícolas em contra-ciclo, por exemplo, mangas, papais, melão e meloa, abóboras e citrinos, comércio de máquinas e equipamentos agrícolas, produtos farmacêuticos e veterinária, em pescado de altíssima qualidade, azeite e vinho etc. E por último, o da possibilidade de desenvolver o comércio de caju e dar-lhe valor acrescentado.

E em São Tomé?
Comércio agroalimentar, todo o tipo sem excepção, máquinas e equipamentos agrícolas, carnes transformadas, lacticínios, oportunidade de importar de São Tomé e Príncipe produtos como o café, açafrão, pimenta, sésamo, etc.

Quantos empresários espera levar em cada uma das missões?
Quinze empresas é nosso limite.

De que actividades?
Indústria agroalimentar, carnes transformadas, horto-frutícolas, arroz, máquinas e equipamentos agrícolas, produtos veterinários, indústria de rações, lacticínios, logística, trading e comércio agroalimentar.

Além das missões, no dia-a-dia, que trabalho de apoio tem a CAL aos seus associados?
Apoiamos na realização de projectos de investimento, financiamento, formação, certificação de origem, entidade acreditada “Vales”, apoio nos seguros de crédito e linhas de financiamento, e uma somos multilateral para apoio ao investimento nos países na CPLP.

Mais notícias sobre as missões aqui:

CAL promove Missão Empresarial à Guiné-Bissau

Câmara Agrícola Lusófona divulga missões a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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