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Jerónimo Martins vai produzir 15.000 bovinos da raça Angus por ano e lança novas manteigas

A Jerónimo Martins quer atingir a auto-suficiência no abastecimento de leite de Marca Própria do Pingo Doce e do Recheio, com a nova fábrica em Portalegre, que comprou à Serraleite e muito em breve será o maior produtor nacional de carne de bovino da raça Angus. E em 2019 vai lançar um novo conjunto de produtos, nomeadamente manteigas e outros derivados do leite com valor acrescentado.

Projectos que vai dar a conhecer na 6ª edição da AgroGlobal – Feira das Grandes Culturas que se realiza de 5 a 7 de Setembro de 2018, em Valada do Ribatejo.

O projecto de produção de bovinos da raça Angus arrancou em Outubro de 2015. E diz o CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar, António Serrano, que, no total, com a produção no Alentejo, “iremos produzir à volta de 15.000 animais/ano, o que significa que seremos um operador de grande dimensão, talvez o maior em Portugal”.

Em entrevista à comunicação da AgrGlobal, António Serrano explica que o projecto “impacta positivamente o crescimento económico do País, porque envolve uma parceria com os produtores/criadores, e estimula outras indústrias, como por exemplo, da alimentação para os animais”.

Redução das importações de carne de bovino

E “tem também um efeito na redução das importações de carne de bovino, que é das mais deficitárias na nossa balança comercial. Para o Grupo Jerónimo Martins (a carne Angus) é um elemento fundamental de diferenciação: um produto de grande qualidade e produzido em Portugal”, acrescenta o CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar.

Para aquele responsável, “este projecto é complexo, começou de raiz com uma unidade de produção em Barcelos, a segunda foi instalada no Cartaxo, em 2017, e a terceira, de maior dimensão, surgiu este ano em Portel. No final de Junho celebrámos um número importante: 3.000 animais vendidos a partir da nossa exploração de Barcelos. No Cartaxo estamos com uma produção de mais de 1.000 animais e temos em projecto chegar aos 5.000”.

Nova fábrica de Portalegre pode processar mais de 100 milhões de litros de leite por ano

A Jerónimo Martins Agroalimentar comprou uma fábrica em Portalegre, que era propriedade da cooperativa Serraleite, com uma produção de 40 milhões de litros/ano, e construiu uma nova, com capacidade para processar mais de 100 milhões de litros/ano.

“Estamos agora a preparar o arranque na nova fábrica, para podermos encerrar a antiga. No final de 2018 estaremos a laborar em pleno para fornecer as lojas Pingo Doce e Recheio”, garante António Serrano.

Manteigas e outros derivados do leite com valor acrescentado

Em 2019, a empresa lançará um novo conjunto de produtos (manteigas e outros derivados do leite com valor acrescentado) que fazem parte do portefólio da unidade de Portalegre.

“Portalegre é uma região pouco povoada e difícil de atrair investimento. Este projecto tem um impacto muito significativo pelo investimento directo e indirecto na economia regional. Significa que vamos ter mais produtores de leite no concelho de Portalegre ou que os actuais vão poder produzir muito mais, porque vamos quase triplicar a produção nos próximos anos”, refere o CEO da Jerónimo Martins Agroalimentar à comunicação da AgroGlobal.

Passa a embalar exclusivamente leite produzido pelo grupo

Actualmente, a Marca própria do Pingo Doce trabalha a 100% com leite nacional, com a nova fábrica passará a embalar exclusivamente leite produzido pelo grupo Jerónimo Martins para a sua marca própria.

Trata-se da única unidade de produção de leite no Alentejo. Realizámos este investimento num momento em que o sector do leite na Europa atravessa um momento difícil, também devido à redução do consumo. Significa que acreditamos no sector e numa região com potencial para desenvolver os nossos produtos”, salienta António Serrano.

JM na AgroGlobal

A Jerónimo Martins Agroalimentar participa pela segunda vez na AgroGlobal, este ano com um stand, onde vai mostrar as suas actividades, sobretudo a produção de carne Angus.

“A AgroGlobal é um ponto de encontro de muita gente do sector e o nosso objectivo é estreitar a cooperação com os agricultores, para que compreendam o nosso projecto, e avaliar de que forma podemos trabalhar em parceria para desenvolver esta actividade”, diz António Serrano.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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