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INE: Escassa precipitação atrasa início de ciclo das pastagens

A escassa precipitação de Setembro não permitiu o início de ciclo nas pastagens de sequeiro, que já não apresentam qualquer disponibilidade forrageira desde o Verão.

Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Outubro de 2018, do Instituto Nacional de Estatística (INE), com o esgotamento dos agostadouros, as necessidades alimentares dos efectivos das explorações pecuárias de regime extensivo estão a ser supridas recorrendo a forragens conservadas, palhas e silagens, em quantidades consideradas normais para a época.

Em explorações mais intensivas, o suplemento com rações industriais está dentro dos parâmetros previstos para um maneio adequado.

Setembro extremamente quente e seco

Acrescentam os técnicos do INE que o mês de Setembro caracterizou-se, em termos meteorológicos, como extremamente quente e extremamente seco.

De facto, este foi o Setembro com o valor médio da temperatura máxima mais elevado desde 1931 (tal como tinha sucedido em Agosto), alcançando os 30,2°C (3,9°C acima da normal).

A temperatura média foi de 23,0°C, também a mais alta desde que há registos sistemáticos. Registaram-se duas ondas de calor e extremos de temperatura máxima para o mês de Setembro em 7 estações meteorológicas da rede IPMA — Instituto Português do Mar e da Atmosfera do continente, com temperaturas iguais ou superiores a 40°C em diversas regiões. Quanto à precipitação, os 8,1mm registados correspondem apenas a cerca de 20% do valor normal.

Estas condições meteorológicas permitiram que o desenvolvimento do ciclo vegetativo das culturas instaladas, em geral atrasado face ao normal, tenha decorrido em boas condições sanitárias.

Não se verificaram limitações na realização dos trabalhos de campo, em particular nas vindimas, apanha da fruta e tomate para a indústria. No entanto, os trabalhos de preparação da instalação das culturas de Outono/Inverno, nomeadamente das forrageiras, ainda não se iniciaram, uma vez que os teores de humidade do solo continuam muito baixos.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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