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Há pneus usados à venda com idade para votar

Um estudo da DECO sobre venda de pneus usados detecta um sector em que os consumidores estão desprotegidos e desfaz um mito: sai mais caro comprar pneus usados do que optar por uns novos. Há pneus à venda com 19 anos. Usados raramente compensam.

A associação vai requerer às autoridades de segurança e prevenção rodoviárias que passem a incluir, nos respectivos autos de acidentes de trânsito, informações sobre o estado e, quando possível, sobre a natureza dos pneus utilizados pelas viaturas envolvidas. A DECO requereu à ASAE que desencadeie medidas visíveis de fiscalização, de modo a que haja um reforço da segurança dos consumidores.

Além do teste à segurança, a associação quis perceber se a compra de pneus usados é rentável para os consumidores. “Concluímos que é um mito. O investimento inicial em pneus novos é largamente compensador. Para valer a pena, o piso do pneu usado tem de ter cerca de 4,5 mm de profundidade mínima (os novos têm 8 mm). Dos oitenta e nove que comprámos, só onze teriam sido um negócio aceitável para os consumidores”, afirma a DECO.

Dos 89 pneus usados que a DECO comprou, 50 apresentavam falhas graves de segurança que deviam impedir a sua venda:
• pneus com rasto abaixo dos limites legais definidos;
• pneus furados não reparados;
• vários pneus ovalizados – alguns nem se equilibravam de pé; outros só assentavam meia superfície no pavimento;
• profundidades desiguais em várias zonas de medição do rasto do mesmo pneu;
• pneus com remendos laterais, com rasgões ou com a estrutura metálica visível;
• 17 tinham mais de 10 anos, o que suscita dúvidas sobre o seu estado de conservação, até pelas condições de armazenamento;
• a DECO chegou a comprar um par que tinha 19 anos.

Assim, para a DECO, a possibilidade de adquirir um produto que respeite os critérios de segurança “parece ser uma questão de sorte. A aleatoriedade da qualidade e da segurança dos pneus vendidos é total. Um operador que, hoje, venda pneus que deviam há muito ter sido eliminados das lojas, amanhã poderá vender outros em condições aceitáveis para a sua reutilização”.

Segundo a associação de defesa dos consumidores, os operadores “não fazem a ideia de noções básicas legais e de segurança, relativas a pneus usados”. Por isso pede “a criação de um quadro legal específico, como já existe noutros países, protegendo os consumidores, e que obrigue, por exemplo, à triagem obrigatória dos pneus usados vendidos, responsabilize os operadores ou crie a obrigatoriedade da rastreabilidade da origem dos pneus usados à venda.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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