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Fundação Eugénio de Almeida compra Tapada do Chaves

A Tapada do Chaves, uma propriedade e marca de vinhos de qualidade da região de Portalegre acaba de mudar de mãos. A venda da empresa Tapada do Chaves – Sociedade Agrícola e Comercial à Fundação Eugénio de Almeida acaba de ser concretizada depois de algum tempo de negociações.

A administração da empresa de Portalegre, que mantém a mesma designação, passa a ser conduzida por José Mateus Ginó, Pedro Baptista e Rita Rosado, que acumulam com o conselho executivo da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora.

A Tapada do Chaves, localizada em Frangoneiro, nos arredores de Portalegre, em terras do Alto Alentejo, dá origem a vinhos de qualidade reconhecida há quase 100 anos. Com 60 hectares de terra e 32 de património vitícola, 23 dos quais de castas de uva tinta e nove hectares de castas de uva branca, a Tapada do Chaves localiza-se numa zona fortemente influenciada pela orografia (Serra de São Mamede) e pela cobertura agro-florestal que lhe confere um microclima específico e decisivo para a qualidade e tipicidade dos vinhos aí produzidos.

Quinta de prestígio

Associados a uma forte tradição familiar e a uma história de paixão e dedicação à terra, os vinhos Tapada do Chaves têm origem nas vinhas da propriedade que lhes dá o nome, com idades entre os 15 e os 116 anos, de onde provêm uvas tintas de castas como Trincadeira, Aragonez, Castelão e Tinta Francesa e brancas das castas Fernão Pires, Arinto, Alva e Tamarez.

Na Tapada do Chaves estão duas das mais velhas parcelas de vinha do Alentejo, em produção, com registo nos passados anos de 1901 e 1902, tendo sido alvo de uma profunda reestruturação no início da década de 60 do séc. XX. A exploração comercial da marca ‘Tapada do Chaves’ iniciou-se em 1965. O principal mercado de destino dos vinhos produzidos nesta casa começou por ser a restauração lisboeta de referência, o que contribuiu para um rápido e significativo reconhecimento do ‘Tapada do Chaves’.

No inicio dos anos 90 do passado século, quando do reconhecimento de Portalegre como região de “Indicação de Proveniência Regulamentada” apta à produção de VQPRD (Vinhos de Qualidade Produzidos em Região Determinada) a par de Borba, Redondo, Reguengos e Vidigueira, conquistou um lugar privilegiado entre as marcas de vinho do Alentejo.

Foi graças à excelência dos vinhos “Tapada do Chaves” e ao seu reconhecimento que se ficou a dever a afirmação do Alentejo enquanto região produtora de vinhos de qualidade que hoje mais que justificam a Denominação de Origem Controlada.

Vinhos de boutique

“Os vinhos Tapada do Chaves sempre foram dos mais prestigiados em Portugal. Reconhecidos pela genuinidade e qualidade, conquistaram uma aura mítica, estando entre os eleitos por uma elite de consumidores e enófilos de Portugal ao Brasil” refere José Mateus Ginó. É essa autenticidade que a nova administração pretende agora reafirmar nos vinhos “Tapada do Chaves”.

O objectivo da nova administração é reforçar a presença dos vinhos tintos e branco no segmento topo de gama, criando vinhos de qualidade ímpar, assente num projecto que se pode traduzir como o artesanato do vinho.

Os vinhos “Tapada do Chaves” são uma marca com um “forte potencial de reconhecimento no mercado que, já por si, representa um activo de considerável valor. A propriedade tem características e localização ímpar que lhe conferem a possibilidade ímpar de produzir vinhos únicos fruto de um terroir irrepetível”, considera a admnistração da FEA.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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