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Fruut aproveita 2,5 mil toneladas de fruta “feia” em quatro anos

A Fruut, marca de snacks de fruta 100% naturais assinala o seu 4º aniversário com 2,5 mil toneladas de fruta “feia” aproveitadas. Na Europa, 30% da fruta é desperdiçada, mas a marca aproveita a fruta feia que o mercado rejeita. A empresa, com sede no Porto, construiu a sua unidade de fabrico no interior do País, onde emprega 19 pessoas. E está já a preparar a ampliação da sua unidade industrial em Satão para duplicar a capacidade de produção.

Nestes quatro anos, a empresa utilizou apelas ingredientes 100% naturais, com desperdício zero, estando já em mercados de cinco países, nos quais vendeu 5 milhões de embalagens.

Tudo começou com o objectivo de preencher uma lacuna no mercado: a escassa oferta de snacks saudáveis, 100% naturais. Em 2012, Filipe Simões conheceu a Sociedade Agrícola Quinta do Vilar, do outro co-fundador Henrique Menezes, cujo principal negócio é a comercialização de fruta fresca, mas que desenvolvia paralelamente, ainda que sem expressão em termos de vendas, a desidratação de fruta. Tornaram-se sócios e fundaram a Frueat, com o objectivo de lançar a marca Fruut.

“A nossa principal inspiração foi criar algo que transcendesse o produto. Queríamos deixar o nosso contributo para um mundo melhor, com hábitos alimentares mais saudáveis, sustentabilidade e uma agricultura mais dinâmica”, conta Filipe Simões, CEO da Frueat, empresa com sede no Porto, que comercializa a Fruut.

Assim, nasce a Fruut: uma marca de snacks saudáveis, que transforma fruta com baixo valor comercial, a chamada fruta feia que o mercado rejeita, num snack sem aditivos ou conservantes. Não são utilizados químicos na produção, apenas água para lavagem e transporte, a desidratação recorre a ar natural e não comprimido e as embalagens não contêm alumínio.

15 milhões de peças de fruta fresca

Em quatro anos, 15 milhões de peças de fruta fresca, correspondentes a 2.500 toneladas, foram aproveitadas. Isto, quando, 30% da fruta produzida na Europa é desaproveitada todos os anos. Além disso, não há desperdícios, já que as cascas e caroços – 70 toneladas desde 2013 – são reaproveitados por agricultores locais para alimentação de animais e para fertilização dos solos.

A Fruut chega já a cinco mercados – além de Portugal, vende para Espanha, Japão, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido – e prevê facturar perto de 2 milhões de euros este ano, ou seja, mais 45,7% que em 2016. Em apenas quatro anos, a marca vendeu cinco milhões de embalagens, 8% das quais apenas em Maio passado.

“O negócio está em franco crescimento. Sentimos que hoje fazemos parte do dia-a-dia de muitos portugueses e não só”, afirma Filipe Simões. O responsável adianta ainda que a marca está presente em aproximadamente 7.000 lojas e 10.000 máquinas de venda automática, distribuídas por cadeias de distribuição como Aldi, BP, Continente, Dia, El Corte Inglés, E.Leclerc, Froiz, Galp, Intermarché, Jumbo, Makro, Mercadona, Pingo Doce e Relay.

Duplicar capacidade de produção no interior do País

Distinguida logo no primeiro ano de actividade com o prémio Foods & Nutrition Awards 2013, na categoria de “Inovação” e, em 2016, com os prémios Foods & Nutrition Awards 2016 (“Sustentabilidade Alimentar”), Prémio Nacional da Agricultura 2016 “Novos projectos” e Prémio Empresa do Ano 2016 (IPAM/Laureate), a Fruut construiu no ano passado uma unidade industrial em Satão, Viseu.

A unidade industrial, construída com recurso a “tecnologia de ponta e modernos equipamentos e laboratório”, que dá emprego a 19 pessoas, já está prestes a ser ampliada. “O projecto é duplicar a nossa capacidade de produção que é actualmente de 7,7 milhões de embalagens de 20 gr/ano e deverá estar concluído em Junho de 2018. Prevemos criar mais 5 postos de trabalho”, acrescenta Filipe Simões.

Com sete sabores – maçã vermelha, maçã verde, maçã canela, maçã Fuji, pêra rocha, pêssego e abacaxi – a Fruut tem um único ingrediente: fruta. Cerca de 45% da matéria-prima é fornecida pela Sociedade Agrícola Quinta do Vilar. A percentagem restante é assegurada maioritariamente por produtores portugueses. “Privilegiamos os fornecedores nacionais, porque conhecemos a qualidade do produto português. Apenas, o abacaxi, que não temos disponível em Portugal, vem de fora”, remata o CEO da Frueat.

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