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FAO trava efeitos da seca e fome com apoio a pequenos produtores moçambicanos

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura vai apoiar pequenos produtores nas províncias moçambicanas de Maputo, Gaza e Tete, para travar os efeitos da seca e da fome.

Em comunicado divulgado esta quarta-feira, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) refere que, em coordenação com o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), as cerca de 23 mil famílias apoiadas vão beneficiar de um programa de assistência de emergência para a contenção dos efeitos da seca, que consiste na distribuição de sementes de hortícolas para os pequenos agricultores.

A distribuição de sementes a pequenos produtores já teve início na província de Maputo, nos distritos de Moamba, Magude e Matutuíne, esperando-se que nas próximas duas semanas o mesmo venha a acontecer nas províncias de Gaza e Tete, segundo o site da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Portugal, que cita a Lusa.

Reduzir a dependência alimentar

Este programa da FAO tem como objectivo reduzir a dependência alimentar das famílias afectadas pela seca através da promoção do cultivo de hortícolas e fornecimento de água por via da abertura de poços de água em zonas baixas, destinados ao abeberamento do gado e irrigação de pequenas hortas.

O “kit” contém sementes de culturas como abóbora, cebola, couve, quiabo, repolho e tomate para as províncias de Maputo e Tete, enquanto para a província de Gaza, são distribuídas também a sementes de feijão vulgar.

Para a produtora de pequena escala Penina Luís Repinga, de 56 anos, residente em Malengane, distrito de Moamba, este projecto vai permitir que semeie para “tentar sobreviver”.

“Há muita fome aqui e esta seca preocupa-nos muito. Como não chove socorremo-nos de uma pequena lagoa para regar as machambas mas há escassez de sementes, com este apoio vamos poder semear e tentar sobreviver”, afirmou a camponesa, cujo agregado familiar é composto por cinco pessoas.

De acordo com o comunicado da FAO, até ao início deste ano e, segundo dados do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, cerca de 525.178 hectares e 260.730 agricultores estavam afectados pela seca no país.

As províncias mais afectadas são as de Maputo, Gaza, Inhambane, Tete e Sofala que representam 97 por cento da área afectada e 94 por cento dos agricultores afectados em todo o país. O projecto é financiado pelo Fundo de Resposta a Emergências das Nações Unidas (CERF).

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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