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Expedição oceanográfica confirma abundância de peixe em áreas de reserva à pesca nos Açores

O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia açoriano congratulou-se ontem, 20 de Setembro, com os dados preliminares da missão científica ‘As ilhas dos Açores – o segredo mais bem guardado do Atlântico’, financiada pelas fundações Waitt e Oceano Azul, que decorreu desde 9 de Setembro nas ilhas de S. Miguel e Santa Maria e nas Formigas.

Fausto Brito e Abreu salientou que, através dos dados preliminares, é possível verificar “uma diferença significativa nas abundâncias de peixe e de outras espécies de vida marinha dentro e fora das áreas marinhas protegidas”, apontando, como exemplo, as áreas de reserva à pesca de Santa Maria, alargadas recentemente.

O secretário Regional do Mar falava, em Ponta Delgada, durante uma visita ao navio ‘Plan B’, que esteve envolvido nesta expedição oceanográfica com o objectivo de realizar um levantamento científico do estado de conservação da biodiversidade marinha e produzir um documentário para divulgar a biodiversidade marinha dos Açores.

Para Brito e Abreu, os primeiros resultados desta expedição constituem uma “validação do trabalho do Governo dos Açores no que respeita à criação de zonas protegidas”, salientando “o papel importante dos pescadores, que contribuíram para a sua criação”.

“As áreas de reserva à pesca são importantes não só para o turismo marinho, mas também para a pesca porque servem de zonas de maternidade” que permitem o repovoamento de zonas de pesca, frisou.

Brito e Abreu afirmou também que os dados desta expedição “são muito úteis para validar o modelo adoptado nas ilhas onde já existem áreas marinhas protegidas”, incentivando os pescadores que “se queiram organizar para propor áreas marinhas protegidas” nas ilhas em que ainda não existem.

Dados úteis para Universidade dos Açores

O secretário Regional do Mar salientou, por outro lado, que “os dados científicos que emergem desta expedição são úteis para alguns projectos que estão a decorrer na Universidade dos Açores” e que agora beneficiam de informação adicional, salientando a importância deste projecto no que respeita “à divulgação e à sensibilização para questões ligadas ao ambiente marinho e à promoção dos Açores como um destino de excelência” para turismo de natureza.

No âmbito desta campanha, na qual participaram cinco cientistas da Região, procedeu-se à marcação de espécies pelágicas em colaboração com os projectos em curso no IMAR, no MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e na Universidade dos Açores.

Os resultados desta missão serão entregues aos governos da Região e da República sob a forma de um relatório científico com informação sobre o estado actual de conservação dos valores naturais estudados no Grupo Oriental dos Açores, a eficácia das actuais áreas de protecção, bem como o eventual interesse na expansão dessas áreas ou na criação de novas zonas de protecção.

O documentário, com uma duração prevista de cerca de 20 minutos, será divulgado pelas fundações Waitt e Oceano Azul, dando a conhecer ao grande público os principais aspectos dos trabalhos desenvolvidos durante a expedição, bem como dos ambientes marinhos dos Açores.

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