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Dimensão média das explorações agrícolas cresce 0,3 hectares em três anos

A estrutura das explorações agrícolas continua a evoluir positivamente. Desde 2013, a dimensão média das explorações agrícolas aumentou 0,3 hectares de Superfície Agrícola Utilizada (SAU), para os 14,1 hectares em 2016. A dimensão económica por exploração cresceu 2,8 mil euros de Valor de Produção Padrão Total (VPPT), para 19,9 mil euros em 2016 e o número de sociedades agrícolas aumentou 1,4 mil e os indicadores laborais, relacionados com a produtividade e a deficiência do trabalho, melhoraram significativamente.

Estes são alguns dos resultados registados pelo Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas 2016, do Instituto Nacional de Estatística (INE), que completa o ciclo de inquéritos estruturais previstos no Regulamento (CE) N.º 1166/2008 e precede ao próximo recenseamento agrícola.

Especialização da agricultura

A análise das explorações segundo a Orientação Técnico Económica aponta para a especialização da agricultura portuguesa, dado que 70,2% das explorações em 2016 eram especializadas (mais de 2/3 do VPPT provém de apenas uma actividade), destacando-se a especialização em herbívoros (34,3% do VPPT nacional) e a especialização em culturas permanentes (21,1% do VPPT nacional).

A agricultura de grande escala e cariz empresarial, formada maioritariamente pelas sociedades agrícolas, embora representasse somente 4,4% das unidades produtivas em 2016, explorou quase 1/3 da SAU e produziu 44,6% do efectivo pecuário. Neste contexto, o INE salienta ainda as explorações que regaram a maior parte da SAU que, não obstante representarem em 2016 menos de ¼ do total de explorações e 10,9% da SAU, geraram 36,2% do VPPT nacional.

Como aspecto negativo destaca-se o envelhecimento dos produtores agrícolas, os mais velhos da UE 28, cuja média de idades passou dos 63 anos em 2009 para os 65 anos em 2016.

Apesar da evolução positiva da agricultura nacional, a comparação dos indicadores laborais com os da UE 28 revela-se ainda desfavorável. A produtividade média da mão de obra agrícola foi de 16,2 mil euros de VPPT por Unidade de Trabalho Ano (UTA), menos de metade do valor na UE 28 em 2013. De igual modo, a eficiência da mão de obra agrícola, expressa na SAU por UTA, é inferior à média europeia.

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