O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, afirmou que apoia os suinicultores, que têm atravessado “momentos muito difíceis”, mas sublinhou que o Governo defende “uma agricultura sustentável”. Desta forma, e tal como os outros produtores, a legislação ambiental é para cumprir.
Estas declarações foram feitas ontem, 22 de Junho, na Gala Porco d’Ouro, no mercado de Santana, em Leiria, referindo-se aos danos ambientais causados pela actividade suinícola no rio Lis.
“A minha presença aqui foi a convite dos suinicultores, que têm atravessado momentos muito difíceis, com quebra de rendimento continuado durante vários meses”, referiu o ministro. Capoulas Santos acrescentou que “felizmente, esta situação parece estar a ser ultrapassada. Houve uma recuperação, depois de um conjunto de medidas e com uma nova situação de mercado, e há dois meses que os preços vêm a crescer sustentadamente, em cerca de 60%”, recuperação esta que “dá algum alívio, apesar da acumulação de prejuízos da qual os produtores ainda não se libertaram”.
Respeito pelas regras ambientais
“A minha presença aqui visa também dar-lhes uma palavra de estímulo, mas – como quaisquer outros produtores – têm de respeitar as regras ambientais, que estão plasmadas na legislação nacional e comunitária”, afirmou também o ministro.
Capoulas Santos lembrou que, “se queremos empresas que dêem rendimento e que sejam sustentáveis, queremos por outro lado que elas não se façam com custo ambiental desnecessário e incomportável”.
Referindo-se aos danos ambientais causados pela actividade suinícola no rio Lis, o ministro sublinhou que o Governo quer “uma agricultura sustentável, amiga do ambiente”. “Sei que, no passado, o Estado já investiu valores avultados, que se revelaram um fracasso. Neste momento, esta é uma matéria que está fora do Ministério da Agricultura, é gestão própria do Ministério do Ambiente, que – naturalmente – estará preocupado”, disse Capoulas Santos.
“É necessário encontrar rapidamente soluções que permitam minimizar e resolver este problema, que infelizmente é recorrente e incompatível com uma agricultura moderna e sustentável”, realçou lembrando que “hoje, há soluções tecnológicas e existe uma legislação ambiental que é rigorosa e que tem de ser respeitada por todos”.
E concluiu: “Estamos a iniciar uma fase de execução de um programa do novo quadro comunitário de apoio, onde a questão ambiental tem uma grande relevância, e onde espero que se encontrem soluções para este problema, que sei que martiriza estas populações há muito tempo”.
Agricultura e Mar Actual