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Aicep: falta promoção para fruticultores aproveitarem oportunidades na Colômbia

A presença de fruta portuguesa na Colômbia “é ainda reduzida e pouco diversificada, não tirando partido das oportunidades no mercado, relativamente às quais as empresas portuguesas devem estar atentas”, refere a Síntese Sectorial de Mercado de Frutas Frescas na Colômbia agora editada pela Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Acrescentam os analistas da Aicep que “a promoção da fruta portuguesa junto de potenciais parceiros e consumidores é determinante para que Portugal possa vir a ser identificado como produtor de fruta de qualidade e conquiste posição neste sector, na Colômbia”.

Praticamente inexistente no mercado colombiano até há relativamente pouco tempo, a fruta portuguesa presente na Colômbia assenta neste momento em maçãs (fruta que a Colômbia mais importa de Portugal) e na pêra rocha, que já é possível encontrar em algumas das grandes superfícies.

Embora a balança comercial bilateral de frutas frescas seja tradicionalmente desfavorável a Portugal o défice tem vindo a baixar devido às exportações para a Colômbia (anteriormente inexistentes) mas também, e sobretudo, por uma diminuição das importações portuguesas.

Realça o documento que, apesar da crescente de produção de frutas, o consumo per capita é relativamente baixo. As campanhas governamentais que estão a ser levadas à prática sobre a importância do consumo de frutas e o crescente poder de compra de uma classe média em expansão permitem perspectivar a alteração, a prazo, deste padrão.

Oportunidades

Frutas como maçãs, pêras, kiwis e uvas têm um volume de produção muito reduzido na Colômbia e são culturas de desenvolvimento lento; paralelamente, a produção de cerejas, pêssegos, nectarinas e ameixas não atinge a qualidade e quantidade necessárias, o que abre oportunidades crescentes aos produtos importados, explica a Aicep.

Em 2016, Portugal foi o 10º fornecedor da Colômbia (em 2012 e em 2013 não houve registo de qualquer valor); com vendas de 59 mil euros em 2014, de 1,3M€ em 2015 e de 495 mil euros em 2016. A quota portuguesa alcançou um máximo de 0,6% em 2015 e fixou-se em 0,3% em 2016. As maçãs são o único produto transaccionado. Em 2016, Portugal foi o 6º fornecedor de maçãs à Colômbia (a seguir ao Chile, EUA, França, Itália e Espanha) com uma quota de 0,6%.

O preço médio das frutas importadas pela Colômbia tem registado uma tendência de subida, de 797€/ton. em 2012 para 903€/ton. em 2016. No caso específico das maçãs, o preço médio fixou-se em 900€/ton. em 2016. Com preços acima da média em 2016, estão os EUA (1 145€/ ton.), Itália (1 012€/ton.), França (969€/ton.), Argentina (942€/ton.) e Espanha (924€/ton.). Em contrapartida, os preços médios das maçãs chilenas (865€/ton.) e portuguesas (883€/ton.) ficam abaixo da média do mercado.

Explicam os analistas da Aicep que a expansão económica da Colômbia, com um crescimento real do PIB de 3,2% ao ano entre 2014 e 2016, teve reflexos directos no aumento do rendimento disponível das famílias e nos seus padrões de consumo.

“A fruta, sobretudo importada, não é ainda um produto relevante no cabaz de compras das famílias. O consumo per capita de frutas e vegetais é relativamente baixo na Colômbia. Mas as campanhas governamentais de sensibilização sobre os benefícios para a saúde do consumo de fruta e a expansão da classe média com poder de compra crescente, deverão traduzir-se num aumento significativo da procura de frutas no futuro próximo”, acrescenta Síntese Sectorial de Mercado de Frutas Frescas na Colômbia.

Pode consultar o documento completo aqui.

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