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Agriminho garante tolerância zero à doença da tinta dos mirtilos

A Agriminho, especialista em pequenos frutos, tem vindo a alertar para “os enormes riscos que a doença da tinta ou Phytophtora spp. representa para a cultura do mirtilo”. Assim, a partir da campanha de 2016/2017 de venda de plantas a empresa de Ponte da Barca torna-se a primeira a nível nacional “a assegurar que as plantas que fornece estão isentas da doença, indo certificadas por análise fitopatológica, garantindo que as plantas não contêm nenhum fungo fitopatogéno, nomeadamente phytophtora”.

A tolerância Zero da Agriminho significa a inexistência de fungo ou esporo deste fungo no substrato do vaso ou na planta, em qualquer parte.

“Da nossa vasta experiência de campo, sobretudo acompanhando plantações que não receberam os melhores cuidados desde a primeira hora, numa percentagem muito elevada, quase sem excepção, a principal razão para a morte prematura das plantas ou para a estagnação do seu desenvolvimento é a infecção das plantas com o fungo do solo Phytophtora. A doença está a alastrar rapidamente, tendo o problema tido origem em plantas importadas conforme alertámos em 2013”, refere uma nota da Agriminho.

Plantas a murchar lentamente (sem formação de ponta torcida), geralmente em grupos (na mesma linha ou em manchas pelo pomar), são indícios que geralmente têm confirmação em laboratório.

A Agriminho explica que a primeira forma de infecção é a água de rega. Proveniente de poços, charcas ou rios, geralmente acaba sendo facilmente contaminada por infiltrações e enxurradas, o que tanto pode acontecer na exploração como nos próprios viveiros. Noutros casos o próprio solo já apresenta o fungo, resultante de outras plantas que existiram no local, quase sempre arbustos ou árvores. E por fim a infecção pode provir do viveiro.

“A presença do fungo, por si só, não é razão para que a doença se desenvolva. Mas é um elevado risco que pende sobre a plantação”, acrescenta a mesma nota.

Estando as plantas ou o solo infectados os problemas acontecem quando:

  • Os solos não são drenados;
  • Não são feitas as inoculações de micorrizas;
  • o cálcio do solo é inferior a 1000 ppm (corrige-se com aplicação de gesso agrícola);
  • Não foram construídos camalhões com mais de 20-25cm de altura e uma boa largura > 0,7m;
  • As regas são excessivas ou mal repartidas (recomendamos e fazemos a instalação de sondas de solo em vez de relógios controladores);
  • Baixo teor de matéria orgânica e não incorporação de cascas de pinheiro ou serrins em solos argilosos, para arejamento e estrutura ligeira;
  • E se as variedades cultivadas forem sensíveis ao fungo, este poderá causar estragos.

“O que for mal feito à instalação é de difícil remédio. O uso de fungicida é eventualmente muito eficaz, porém, actualmente os mais eficientes estão proibidos, e a sua acção é temporária, pois limpam as plantas, que temporariamente ficam tratadas, mas não desinfectam o solo, e passado o efeito uma reinfecção poderá acontecer, se as restantes condições de stress se mantiverem”, explica a Agriminho.

O primeiro cuidado é empregar sempre plantas garantidamente sãs, sem qualquer vestígio da doença. E preliminarmente à plantação, ainda na altura da escolha do local de plantação, deve-se analisar o solo na pesquisa do fungo assim como a água que vai ser usada na rega.

“Infelizmente, uma investigação levada a cabo pela Agriminho, com a realização de dezenas de análises laboratoriais, mostrou-nos alguma negligência por parte de comerciantes de plantas, sobretudo importações de fonte pouco fidedignas ou plantas propagadas por estaca, verificando-se a presença do fungo em uma grande proporção dos fornecedores que operam no mercado que não demonstram os mesmo cuidados que a Agriminho desde sempre tem tido”, dizem os responsáveis pela empresa.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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