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Agências tiram Portugal do lixo. CIP congratula-se mas lembra problemas estruturais

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal recebeu a notícia do upgrade da notação financeira da dívida portuguesa para grau de investimento. “com grande satisfação”. Mas, o seu presidente, António Saraiva, alerta para o facto das “boas notícias não poderem fazer-nos esquecer os problemas estruturais da economia nacional, desde logo os indicadores que apontam para a falta de sustentabilidade do crescimento actual, a dimensão da dívida pública, a baixa produtividade, as baixas qualificações dos recursos humanos e a insuficiência de capital do País e das nossas empresas”.

A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) tirou Portugal do “lixo” esta sexta-feira, 15 de Setembro, revendo em alta o rating atribuído à dívida soberana portuguesa de BB+ para BBB-.

Para a direcção da CIP, é uma notícia que o País “esperava há seis anos e que é merecida tendo em conta todos os sacrifícios dos portugueses e também das empresas nacionais”. Em nota de imprensa, os empresários salientam que é uma revisão “extremamente importante em termos reputacionais para o País e terá um impacto significativo na redução dos custos do financiamento do Estado e das empresas”.

Aumento de competitividade

A dívida portuguesa “reúne assim as condições para voltar a ser elegível para o investimento de fundos internacionais, com o necessário reflexo no aumento da atracção de capitais e capacidade de financiamento da economia nacional”, adianta a mesma nota, esperando que esta revisão de rating “seja conducente a um aumento da competitividade do País e marque o início de um novo ciclo de desenvolvimento”.

Para o Presidente da CIP “esta boa notícia é um estímulo e um apoio para prosseguir a ambição de continuar a fazer melhor, promovendo as reformas estruturais necessárias à sustentabilidade do crescimento da economia nacional, um desafio no qual as empresas portuguesas estão empenhadas”.

A CIP representa, através da sua rede associativa, 114 mil empresas, que empregam mais 1,5 milhões de trabalhadores e têm um volume de negócios superior a 105 mil milhões de euros.

Fundada em 1974, tem como visão ser a confederação empresarial mais representativa a nível nacional, uma estrutura associativa patronal forte, homogénea e abrangente que possa defender mais eficazmente os interesses das empresas portuguesas e representa entidades associativas sectoriais e regionais, bem como todas as Câmaras de Comércio e Indústria de Portugal.

Faz parte, a nível nacional, do Conselho Económico e Social e da Comissão Permanente de Concertação Social, entre muitos outros órgãos consultivos e comissões especializadas, e, a nível internacional, da BusinessEurope, OIE e OIT.

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