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AEP acolhe compradores e o 2º. Fórum de Negócios Portugal-Senegal

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e o consórcio internacional de consultores Africa Cluster organizam, na próxima quinta-feira, 27 de Outubro, o 2.º Fórum de Negócios Portugal-Senegal, em que se integrarão os participantes numa missão de compradores senegaleses que nesta semana está no nosso País. O encontro tem lugar no edifício de serviços da AEP, em Leça da Palmeira, Matosinhos.

Na segunda edição deste fórum empresarial luso-senegalês, os promotores destacarão as oportunidades de cooperação entre empresas dos dois países da fileira da construção. Para tanto, nos trabalhos participarão altos representantes do governo senegalês das áreas do urbanismo, ambiente, energia e construção, que irão identificar os empresários portugueses com os planos de investimento que o Senegal tem em curso em matéria de infraestruturas e de habitação.

“O Senegal está entre os 10 países mais competitivos da África subsariana e tem vindo a transformar-se num ‘hub’ económico e logístico daquela região africana. Depois do sucesso obtido no primeiro fórum, realizado no ano passado, queremos com esta segunda edição reforçar as relações económicas luso-senegalesas, identificar pontos de interesse comuns e explorar oportunidades comerciais para as empresas de ambos os países”, explica o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida.

O presidente da AEP fará a abertura dos trabalhos, pelas 9h30, seguindo-se a intervenção do presidente da África Cluster, Gonçalo Terenas. Durante a manhã, os participantes vão conhecer, pela voz de representantes das autoridades governamentais do Senegal, os investimentos públicos que o país tem em curso e que podem interessar às empresas portuguesas da fileira da construção.

Construção de 17 mil casas

O delegado-geral para a promoção das cidades de Diamniadio e de Lac Rose familiarizará os participantes portugueses com um projecto que prevê a construção de 17 mil casas em Diamniadio, enquanto um administrador do gabinete de engenharia GRID West Africa apresentar o “master plan” imobiliário de Lac Rose, uma cidade de vocação turística, na costa atlântica, a cerca de 35 quilómetros de Dakar.

Do programa do fórum faz ainda parte a apresentação, por um representante do Ministério da Renovação Urbana, Habitação e Ambiente do Senegal, do projecto “Uma família um tecto”. Os participantes nacionais serão ainda elucidados sobre o programa de financiamento municipal de Dakar e o trabalho desenvolvido pela Agência Nacional de Energias Renováveis (ANER), a fim de dotar o país de novas soluções energéticas que concorram para o fornecimento sustentável, a preços acessíveis e em quantidades suficientes para responder às necessidades das famílias, empresas, instituições e infra-estruturas públicas.

Da parte da tarde, o 2.º Fórum de Negócios Portugal-Senegal os representantes das empresas e instituições senegalesas representadas na “missão de compradores” manterão contactos com homólogos nacionais, para troca de experiências e pontos de vista, e participarão em reuniões de negócios “business to business”.

A oferta portuguesas nas áreas da construção, energia e agricultura são aquelas que mais interessam à procura senegalesa, segundo a AEP.

Senegal quer ser economia emergente

Com uma população de 15 milhões de habitantes, o Senegal é um dos países de África que mais investimentos tem feito para se transformar numa economia emergente. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o país está a executar diversos planos para atingir essa meta em 2035.

Fruto dessa aposta do Governo senegalês, o país conseguiu alcançar a 153.ª posição do ranking ‘Doing Business’, que é constituído por 189 nações e que classifica os países segundo a facilidade que oferecem para se fazer negócios.

As relações comerciais entre Portugal e o Senegal são ainda pouco relevantes, mas têm mantido um comportamento estável nos últimos quatro anos. No final de 2015, pouco mais de 230 empresas portuguesas mantinham negócios com agentes económicos senegaleses.

No ano passado, o montante das exportações de bens nacionais para o Senegal ficou-se pelos 44 milhões de euros, enquanto o valor das importações não passou dos de 20 milhões de euros. A taxa de cobertura é, tradicionalmente, favorável ao nosso País, sendo que em 2015 o Senegal comprou sobretudo a Portugal combustíveis minerais, metais comuns, máquinas e aparelhos, veículos e outros materiais de transporte e bens alimentares. Já Portugal comprou ao Senegal, principalmente, produtos agrícolas (77% do total das importações).

A vinda da missão de compradores do Senegal a Portugal faz parte do programa de internacionalização da AEP “Business on the way 2016”, que contempla a realização de mais de quatro dezenas de acções, em 27 mercados, até ao fim do ano. É co-financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Compete 2020 – Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização, Eixo II – Projetos Conjuntos – Internacionalização.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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