Acréscimo recomenda Governo a regular mercados, criar serviço técnico e reforçar investigação

O Governo realiza hoje uma reunião do Conselho de Ministros Extraordinário. Ainda não começou mas a Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal diz já que “tem muito baixas expectativas quanto às decisões do Conselho de Ministros sobre as florestas”.

“Certamente, o anúncio da disponibilização de milhões de euros será ponto central nas decisões deste sábado”, diz um comunicado da direcção da Acréscimo. E acrescenta que, “todavia, no anúncio dos milhões de euros públicos, há que distinguir o trigo do joio”.

Para a Acréscimo existem três peças fundamentais para a mudança de ciclo nas florestas. “Peças essas que já haviam sido desenhadas e operacionalizadas na designada Primavera Marcelista”. São elas a regulação dos mercados, a criação de um serviço técnico de proximidade às populações e o reforço de uma investigação independente.

A direcção da Associação realça a “necessidade de regulação dos mercados, hoje, ao contrário do que acontecia na década de 70 do século passado, com uma elevadíssima concentração ao nível da procura, na indústria transformadora e, em particular, na indústria papeleira”.

Serviço técnico de proximidade

Outro instrumento fundamental para a Acréscimo é a “criação de um serviço técnico de proximidade às populações, concretamente aos proprietários rústicos, o qual pode ser hoje de mero cariz público ou assente, localmente, em organizações associativas. O serviço de extensão é fundamental para assegurar um adequado intercâmbio de informação entre a produção, entre as populações rurais, e os decisores políticos e centros de investigação”.

Acrescenta o comunicado que “houve essa preocupação na década de 70 do século passado, que urge adaptar à realidade democrática de hoje. Décadas de decisões de Lisboa, sem auscultação dos meios rurais, trouxeram-nos à triste realidade de hoje”.

Por outro lado, diz a direcção da Acréscimo que “peça fundamental é ainda o reforço de uma investigação independente, descomprometida de interesses comerciais, mas centrada nos interesses da República”.

Agricultura e Mar Actual