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O secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou ontem, 7 de Dezembro, a aprovação de 28 candidaturas ao Regime de Apoio à Reconversão e Reestruturação das Vinhas (VITIS) que não tinham sido aceites no último aviso, na sequência de um reforço orçamental entretanto alcançado.
“Posso anunciar que conseguimos um reforço orçamental que permite que todos os produtores que se tinham candidatado no último aviso vejam agora as suas candidaturas aprovadas”, afirmou João Ponte, em declarações durante uma visita à Quinta da Jardinete, dedicada à produção de vinho, na ilha de São Miguel.
João Ponte salientou que, anteriormente, a dotação orçamental de apresentação de candidaturas para o aviso de 2017 era de 3,5 milhões de euros, acrescentando que será publicada, em breve, uma nova portaria que fixa aquele valor em 4,2 milhões de euros.
O secretário Regional frisou que os 28 projectos de investimento, correspondentes a 28 hectares, onde se inclui uma candidatura da Quinta da Jardinete, não foram contemplados numa primeira fase não pela qualidade das candidaturas, mas sim por falta de dotação orçamental.
VITIS fechado
“O VITIS, neste momento, está fechado em termos de candidaturas. Não sabemos quando haverá uma nova fase, mas, logo que haja, e vai haver, conforme foi garantido por parte da Comissão Europeia o prolongamento do VITIS até 2023, os produtores com terrenos em zonas mais adequadas à produção de vinha devem concorrer”, afirmou João Ponte, acrescentando que só em 2020 se terá uma ideia sobre a dotação orçamental prevista.
Em Setembro estavam aprovadas nos Açores uma centena de candidaturas ao VITIS, sendo que cerca de 80% dos projectos de investimento correspondiam a candidaturas da ilha do Pico, onde há uma grande tradição ao nível vínico.
Foram também aprovadas candidaturas das ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Graciosa, sendo que as 100 candidaturas aprovadas correspondem a uma área total de 132,7 hectares.
A Quinta da Jardinete, criada em 1879, possui cinco hectares de vinha, três dos quais em produção, com castas estrangeiras, produzindo anualmente 10 mil garrafas. Com a candidatura ao VITIS agora aprovada vai acrescentar mais 1,5 hectares e pretende chegar às 20 mil garrafas.
Actualmente, os Açores possuem 38 marcas de vinho certificado, várias dezenas de produtores individuais, três zonas demarcadas, nomeadamente Biscoitos (ilha Terceira), Graciosa e Pico, e a Indicação Geográfica Protegida, para vinhos de qualidade brancos e tintos.
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