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10.º Colóquio Nacional do Milho debate megatendências no sector agroalimentar até 2050

As megatendências agroalimentares e a resposta política da Europa aos desafios inerentes vão estar em debate no 10.º Colóquio Nacional do Milho, a 19 de Fevereiro, no Convento São Francisco, em Coimbra.

O ponto de partida para este painel de debate é o estudo “Megatendências no sector agroalimentar: visão global e possível resposta política da perspectiva da UE“, encomendado pelo Parlamento Europeu à consultora internacional Arcadia.

A organização do Colóquio está a cargo da Anpromis — Associação dos Produtores de Milho e Sorgo de Portugal.

Francesco Montanari, responsável da Arcadia, irá ao 10.º Colóquio Nacional do Milho apresentar as conclusões do estudo, que serão analisadas por dois comentadores: Pedro Queirós, director-geral da FIPA — Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, e por José Diogo Albuquerque, director do Agroportal, num debate moderado por Luís Mira, secretário-geral da CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal.

Como duplicar a actual produção de alimentos?

O estudo, divulgado no último trimestre de 2019, fornece uma análise das megatendências que influenciam a maneira como o mundo produz, distribui e consome alimentos e sugere opções de políticas e dá recomendações para responder ao megadesafio: como duplicar a actual produção de alimentos para suprir as necessidades da população mundial em 2050, sem aumentar a pressão sobre os recursos naturais do Planeta?

Eis algumas das conclusões do estudo:

• É possível aumentar a produtividade agrícola sem usar mais água e terra agrícola, através do uso mais eficiente destes recursos. Para tal é necessário investir na transferência de tecnologia para os agricultores.

• Os decisores políticos devem dar prioridade a medidas e apoios públicos para aumentar a produtividade agrícola, nomeadamente no âmbito da Política Agrícola Comum pós-2020, e para promover a adopção e partilha de conhecimento de novas tecnologias e da digitalização na produção agrícola, como alavancas da segurança alimentar.

• Para aumentar a sustentabilidade da produção e do consumo alimentar os nossos hábitos terão de sofrer uma enorme transformação rumo a dietas com menos proteína animal e mais frutas e legumes e através da redução do desperdício alimentar.

• A agricultura pode contribuir para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e, simultaneamente, produzir os alimentos necessários para a população mundial crescente. Para isso é necessário um investimento avultado em Inovação, por parte dos sectores público e privado, para que a agricultura se adapte à nova realidade climática.

Neutralidade carbónica

O contributo que a agricultura pode dar para os objectivos da neutralidade carbónica é outros dos temas de extrema actualidade em debate no 10.º Colóquio Nacional do Milho. O especialista Paulo Canaveira, da Agência Portuguesa do Ambiente, é o orador convidado no painel “Roteiro para a Neutralidade Carbónica: condicionante ou oportunidade para a agricultura portuguesa?”.

Os comentadores – Eduardo Diniz, director-geral do GPP — Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, Francisco Gomes da Silva, director-geral da Agroges e João Nisa Ribeiro, investigador da Universidade do Porto – farão a análise dos desafios que a agricultura e as florestas enfrentam para contribuir para o compromisso assumido por Portugal de reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa por forma a que o balanço entre as emissões e as remoções da atmosfera seja nulo em 2050.

Para inscrições no Colóquio clique aqui.

Ver também:

Colóquio Nacional do Milho: “opção por Coimbra é justa homenagem à tenacidade dos agricultores da região Centro”

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